Responde-me

 

E é a morte, uma vez mais, que me faz perder horas de sono, colocar questões sem resposta, dar voltas à cabeça e negar o óbvio. A incógnita da morte. Nada mais há, depois? Só temos mesmo uma hipótese e depois tudo acaba? Desaparecemos simplesmente? 

Perguntas, perguntas. Queria tanto dar-lhes resposta e pôr um ponto final neste tumulto, neste medo do desconhecido. Sou a criança com medo do escuro. Sei tão pouco sobre a vida, quase nada sobre a morte.

Mas desaparecemos como? Como quem adormece para nunca mais acordar? Como é que nunca mais se acorda? Não quero morrer. Não quero ter de lidar com a morte de ninguém. Quem disse que devemos enfrentar os nossos medos? Alguém tem de me dar as respostas. 

Oiço as músicas que gravaste para mim, inconscientemente procuro nelas um ponto de fuga, um consolo, talvez um pouco da companhia que muitos humanos não me conseguem proporcionar. Porque é que se morre? Porque é que se morre? Bato com a cabeça na parede enquanto clamo estas palavras. Grito como uma possessa para sufocar a dor. A parede não me responde.

Comentários

  1. Nem imaginas o quanto me leste certos pensamentos ao escrever isto..

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